sábado, 31 de janeiro de 2009

Egipto

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Elliott Erwin

Segregacionismo nos E.U.A. - Fotografia de Elliott Erwin (North Carolina - 1950)


Esta imagem é de há pouco mais de 50 anos. E, hoje, os E.U.A. têm no seu mais alto cargo um negro!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Vergílio Ferreira


Paradoxo da razão: a razão é incapaz de demonstrar o primado do racionalismo. Mas temos de utilizá-la para demonstrar isso mesmo.


A luz, o mar, o vento. E as flores, os animais, a vida inteira. Não te apetece gritar? Explicar tudo isso num grito? Num excesso do excesso?

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão" - Eça de Queiroz

"Dá-me mais vinho, porque a vida é nada"


Fernando Pessoa
Há doenças piores que as doenças


Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.
Fernando Pessoa
Há doenças piores que as doenças,


Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

Fernando Pessoa - Excerto da poesia "Quando eu era criança", in Cancioneiro

Mas nesta prisão,
Livro único, leio
O sorriso alheio
De quem fui então.

Vicente Amigo: Vivencias Imaginadas (Zapateado)

Vivaldi: Four Seasons (Animation Film) - Summer

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Django Reinhardt com Stephane Grappelli

Gerardo Nuñez: Solea por Buleria

Gerardo Nuñez: Farruca

Sabicas toca uma buleria

A Ilha Negra...um dos livros da minha infância...

São Paulo na prisão, de Rembrandt (1627) - Óleo sobre madeira de carvalho


O quadro de São Paulo na prisão, pintado em 1627, mostra o apóstolo sentado na cama, mergulhado em pensamentos, com o queixo apoiado na mão, o cotovelo pousado num manuscrito que está em cima de um livro; com a outra mão, que segura um cálamo, ampara o livro, aberto no colo.

ANDY WARHOL...common things: Campbell´s Soup Can I


Lata de sopa Campbell I, 1968 - Acrílico e liquitex, serigrafia sobre tela.

Cabeça de um Homem Leão (Baco?), de Leonardo Da Vinci (cerca de 1503-1505) - Sanguina sobre papel cor-de-rosa, realçado a branco


Uma grinalda de hera e a cabeça de um leão eram os atributos de Baco, mas este desenho também ilustra a visão comum de que a fisionomia de uma pessoa diz algo sobre a sua personalidade.
Um homem cuja face se parece com a de um leão provavelmente partilha algumas das características do animal. Leonardo frisa especialmente esta trivialidade fisionómica: num dos seus estudos, um homem com semelhanças felinas, tendo mesmo uma pele de leão sobre os ombros, com a cabeça do leão bastante visível.

O Sono, de Salvador Dalí (1937)


«O sono é um verdadeiro monstro "crisálico", cuja morfologia e nostalgia são apoiadas por onze muletas principais, igualmente "crisálicas" e a estudar separadamente»

Retrato de Sigmund Freud, de Salvador Dalí (1938)

O Contador Antropomórfico, de Salvador Dalí (1936)


As gavetas do inconsciente segundo as teorias do bom doutor Freud. São «espécies de alegorias da psicanálise que ilustram uma tendência para aspirarmos o odor narcísico de cada uma das nossas gavetas»

A Estalagem da «Mère» Anthony, de Pierre Auguste Renoir (1866) - Óleo sobre Tela

Velha fritando ovos, de Velásquez (cerca de 1618) - Óleo sobre Tela

O Aguadeiro de Sevilha, de Velásquez (cerca de 1620) - Óleo sobre Tela

Construção Mole com Feijões Cozidos - Premonição da Guerra Civil Espanhola (1936), de Salvador Dalí.


«De toda a Espanha martirizada elevou-se o odor a incenso, a carne de padre queimada, a carne espiritual esquartejada, misturada ao odor poderoso do suor das multidões fornicando entre si e com a Morte»

Às duas por três, se o Dalí tivesse feito este relógio, até dava para acreditar!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Zeca Afonso

A sua voz transparente, pujante e límpida no seu auge!

Anouar Brahem trio

Anouar Brahem


Arthur Rubinstein toca Liszt

Paul Simon: The boy in the bubble

Um concerto tocado para um público de 45000 pessoas em Harare, capital do Zimbabwe, uma segunda opção, uma vez que alguns músicos não podiam actuar na África do Sul por serem exilados políticos. Hoje, decerto que Paul Simon não poderia tocar no Zimbabwe. Como as coisas mudam!...

Paco Ibañez: La mala reputación

Aqui ficam as letras!

(Em)En mi pueblo sin pretensión
tengo(B7) mala reputa(Em)ción
haga lo que haga es igual
todo (B7)lo consideran(Em) mal
(C)yo no pienso pues hacer (B7)ningún daño
(C)queriendo vivir fuera del(B7) rebaño.

(Em)No, a la gente no gusta que
uno (B7)tenga su propia(Em) fe,
no, al la gente no gusta que
uno (B7)tenga su propia(Em) fe,
Em-C B7
Todos, todos me miran mal
Em
salvo los ciegos es natural.

Cuando la fiesta nacional
yo me quedo en la cama igual
que la música militar
nunca me supo levantar.
En el mundo pues
no hay mayor pecado
que el de no seguir
al abanderado.

No, a la gente no gusta que
un tenga su propia fe,
no, a la gente no gusta que
uno tenga su propia fe,
Todos me muestran con el dedo
salvo los mancos quiero y no puedo.

Si en la calle corre un ladrón
y a la zaga va un ricachón,
zancadilla pongo al señor
y aplastado el perseguidor.
Eso si que si que será una lata
siempre tengo yo que meter la pata.

No, a la gente no gusta que
uno tenga su propia fe,
no, a la gente no gusta que
uno tenga su propia fe.
Todos tras de mi a correr
salvo los cojos es de creer.

Enrique Mono Villegas: Jazz Argentino

domingo, 11 de janeiro de 2009

sábado, 10 de janeiro de 2009

Lisboa

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sinead O´Connor with The Chieftains: The Foggy Dew

The Chieftains: grande banda/ Sinead O´Connor: grande voz.
A canção é muito bonita!

Vicente Amigo: Gitano de Lucía (Buleria)

Depois de Guajiras de Lucía, aqui fica Gitano de Lucía! Uma composição com bastante ritmo!

Guajiras de Lucía

O intérprete desta peça de Paco de Lucía é Grischa Goryachev, um russo de St. Petersburg que começou a tocar guitarra aos 7 anos e já conquistou vários prémios. Tem no seu repertório interpretações de peças de Paco de Lucía, Vicente Amigo, Sabicas...Muitas das canções tirou-as de ouvido, o que demonstra estarmos perante um prodigioso. A peça "Guajiras de Lucía" é bem capaz de ser uma das mais difíceis de Paco de Lucía. Como se houvesse alguma fácil! Mas é de muito difícil execução. Grande guitarrista!

domingo, 4 de janeiro de 2009

José Régio: Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

Fernando Pessoa

O Menino de sua Mãe, de Fernando Pessoa.

No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado
- Duas, de lado a lado-,
Jaz morto, e arrefece

Raia-lhe a farda o sangue
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos

Tão jovem! Que jovem era!
(agora que idade tem?)
Filho unico, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino de sua mãe».

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve
Dera-lhe a mão. Está inteira
É boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece")
Jaz morto, e apodrece,
O menino de sua mãe.

Paco Ibañez ao vivo no Olympia canta a sua canção emblemática: A GALOPAR!

Eduardo Falu, grande voz!

Pedro Jóia

Pedro Jóia, acompanhado por Vicky na percussão, toca um original seu que, digo eu, parece conseguir reunir muitos aspectos musicais que cresceram em torno da bacia mediterrânica: o início tem o seu quê de Fado; na sua extensão, desenvolve-se envolta numa sonoridade bizantina, fazendo lembrar o que se toca na Turquia (até faz lembrar um pouco o alaúde); e, em pequenos apontamentos, sobretudo (e isso ao longo de toda a música) na técnica de toque empregue, reporta-nos ao Flamenco, como é mais evidente no início e no final... Ou não tivesse Pedro Jóia tido como mestre Manolo Sanlúcar, que foi, nada mais nada menos, quem fez crescer musicalmente Vicente Amigo!

Narciso Yepes toca Adagio, integrado na grande peça musical que é o Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009